O Conhecimento de Deus e a nossa Santificação


A vontade de Deus é que O conheçamos – aliás, este é o motivo fundamental da Sua revelação: para que, confrontados com ela, nos rendamos a Deus, O adoremos, e neste ato, sejamos santificados cada vez mais. Jesus ora: "E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (Jo 17.3). Paulo considerou todas as outras coisas como perda, diante da realidade sublime do conhecimento de Cristo; conhecer a Cristo era a sua prioridade; ele declara: "Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus meu Senhor: por amor do qual perdi todas as cousas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo” (Fp 3.8).


Conhecer a Deus é deparar-nos com a Sua santa majestade e, ao mesmo tempo, termos maior clareza de nosso pecado, daí o sentimento de pequenez, pecaminosidade e perdição. O caminho da santificação passa invariavelmente pelo conhecimento de Deus, conforme Ele mesmo se revelou através das Escrituras, envolvendo uma experiência de vida. O conhecimento de Deus é mais do que uma simples relação intelectual, antes, é um envolvimento de fé, pela qual nos relacionamos pessoalmente com Ele, revelando esta relação em santificação. 


A contemplação do Deus das Escrituras é um convite irrestrito ao nosso crescimento espiritual. Nada mais esclarecedor a nosso respeito do que uma visão real da grandeza de Deus: Contemplar a Deus, através da Sua Revelação, significa ter os nossos olhos abertos para a nossa necessidade de santidade, de crescimento e fortalecimento em nossa fé. O nosso confronto com a santidade de Deus deve nos estimular  a sentir o mesmo desejo, conforme o vivenciado e recomendado por Pedro: "Desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que por ele vos seja dado crescimento para a salvação” (1Pe 2.2).  Devido à depravação de nossa natureza – todos pecamos e somos responsáveis diante de Deus –, a proximidade de Deus nos faz mais sensíveis a isto; a contemplação da Sua gloriosa santidade realça de forma eloqüente a gravidade de nosso pecado. 


A santificação tem como motivação primária a contemplação bíblica da majestade de Deus. A tomada de consciência da grandeza, da santidade de Deus, deve nos conduzir ao desejo de sermos santos conforme Ele é.


Rev. Hermisten Maia Pereira da Costa


Possui graduação em Pedagogia pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (1993), graduação em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (1983), graduação em Teologia - Seminário Presbiteriano do Sul (1979), mestrado em Ciências da Religião pela Universidade Metodista de São Paulo (1999) e doutorado em Ciências da Religião pela Universidade Metodista de São Paulo (2003). Atualmente é professor do Seminário Presbiteriano Rev. José Manoel da Conceição; Professor titular do Centro Universitário de Maringá e Professor Adjunto II da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Sendo Professor e Pesquisador do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião. Tem experiência na área de História, com ênfase em História da Reforma Protestante, atuando principalmente nos seguintes temas: João Calvino, Reforma Protestante e Teologia Sistemática. É atual Diretor da Escola Superior de Teologia da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Tem cerca de 200 artigos publicados em diversos periódicos, 15 livros editados e centenas de textos que circulam, especialmente em seus cursos e conferências. 


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