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Mostrando postagens de junho, 2012

Tentativas de modernizar Jesus

Eis aqui uma amostra das muitas tentativas feitas por parte da igreja para apresentar um retrato contemporâneo de Cristo. Veremos que, em termos de fidelidade ao original, algumas têm sido mais bem-sucedidas que outras. Primeiro eu penso no Jesus asceta, que inspirou gerações de monges e eremitas. Ele não era tão diferente assim de João Batista, já que também se vestia com uma pele de ca melo, usava sandálias ou então andava descalço, e mas tigava gafanhotos com evidente prazer, e ao mesmo tempo renunciava aos prazeres da mesa e a desfrutar as alegrias da criação de Deus. Seria difícil conciliar este retrato com a crítica dos seus contemporâneos, de que ele "veio comen do e bebendo". E depois vem Jesus, o pálido galileu. Foi o imperador Juliano, o apóstata, que tentou reintroduzir os deuses pagãos de Roma, depois que Constantino os havia subs tituído pelo culto ao Cristo. Dizem que, no seu leito de morte, em 363 d.C, Juliano disse: "Você venceu, galileu!" Su

O mundo está cheio de MENINOS QUE SE BARBEIAM...

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Historicamente, um rapaz passava por duas fases na vida: menino, depois homem" A transição da criança para adulto estava relacionada com cinco variáveis sociais que aconteciam quase sempre simultaneamente ou em um período curto de tempo: Deixar a casa dos pais (Gênesis 2.24); terminar os estudos (ou treinamento vocacional); começar um trabalho que definiria a carreira, não apenas um temporário; conhecer uma mulher, amá-la, honrá-la, cortejá-la e então casar-se com ela; ter filhos com ela.   Mas veja o que aconteceu. Ao invés de sair da infância para a vida adulta por meio dessa sucessão de transições sociológicas, nós criamos algo chamado adolescência. É um terceiro estágio, entre o menino e o homem. Não sabemos como chamá-los, então chamamos de garotos. São os garotos que se barbeiam. Hoje, a adolescência começa por volta dos doze anos e continua indefinidamente. Não há um fim claro para ela. O problema com a adolescência é que os garotos não sabem quando fi

Auto-engano

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A presente sociedade leva-nos a crer que somos aquilo que aparentamos e não são raras as vezes que somos julgados pelos nossos títulos, realizações, influência e tantas outras credenciais que tentam plasticamente definir nossa aparência pública.   Entretanto, no Reino de Deus, pregado por Jesus, estas roupagens não representam a nossa identidade, quem de fato somos. Possuimos uma tendência natural para nos escondermos. Somos, portanto, seres construtores de máscaras. Construímos máscaras com o mesmo intuito que o fazem os povos tribais em rituais xamânicos: para o engano do próximo e manipulação social. Creio que as máscaras que somos tentados a construir possuem, em um primeiro momento, a intenção de apresentar uma imagem que julgamos ideal para os de longe. Comumente esta imagem não representa a verdade do nosso ser mas sim uma idéia utilitária que tentamos exportar.   Se temos sucesso na construção de máscaras que vendam esta imagem aos de longe somos tentados a con