A MORTE E A VOLTA DE CRISTO








Esta semana estudaremos a morte e a vinda do Senhor Jesus com base em 1 Ts. 4.13-18. Como ponto de partida temos que distinguir o conceito de morte, ou seja, como ela é apresentada para nós cristãos e por outro lado para os ímpios. Levando consideração este pressuposto, tentaremos elucidar, o quanto este conceito refletirá em nosso futuro e na esperança em Cristo, visto que ele é a primícia dos que dormem (1 Co. 15.23). 
 A foto acima é um monumento. Após 60 anos da II Guerra Mundial foi feito um "memorial do holocausto", como é conhecido, inaugurado no dia 10.05.2005. Tem como objetivo lembrar dos sofrimentos dos judeus durante o holocausto. (http://br.olhares.com/memorial_do_holocausto_foto183209.html


Conforme reportagem do O Globo (http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL98813-5602,00.html) do dia 04.07.07 , o governo alemão estava negociando indenizações. Minha pergunta é: Porque Israel não processou o Egito por seus aos 430 anos que foram escravos ? R: A resposta veio à Tona. Deus sarou a memória do seu povo, Deus instituiu a páscoa, fez um memorial para seu povo. Não os deixou lamentar, mas os livrou. 


Trazendo para nossos dias, o que estou querendo dizer para nossa reflexão é: "o que estamos fazendo, 'nós que temos esperança' (1 Ts. 4.13) com as perdas significativas em nossas vidas? Não vamos omitir a dor da ausência, mas vamos refletir se essa dor da ausência faz com que eu fique da vida ausente. 


Vejamos o que a Confissão de Westminster tem a nos dizer no que tange a morte:
 "Os corpos humanos, depois da morte, convertem-se em pó e vêm a corrupção¹; mas as suas almas – que nem morrem nem dormem – tendo uma substância imortal, voltam imediatamente para Deus que as deu ². As almas dos justos, sendo então aperfeiçoadas na santidade, são recebidas no mais alto dos céus, onde vêm a face de Deus em luz e glória, esperando a plena redenção dos seus corpos³; e as almas dos ímpios são lançadas no inferno, onde ficarão em tormentos e em trevas espessas, reservadas para o juízo do grande dia final 4. Além destes dois lugares, destinados às almas separadas de seus respectivos corpos, as Escrituras não reconhecem nenhum outro lugar". Ref.: 1- Gn 3. 19; At 13.36. 2- Lc 23.43; Fp 1. 23; II Co 5.6-8. 3- Lc 16. 23; Rm 8. 23. 4- Lc 16. 23,14; II Pe 2.9. Confissão de fé Westminster – Cap. XXXII




“...É evidente que a morte dos crentes deve ser considerada como a culminação dos corretivos que Deus ordenou para a santificação do Seu povo... Para os crentes, a morte não é o fim, mas o inicio de uma vida perfeita...” (Luis Berkhorf - Pg. 1591)


Dada as considerações iniciais quanto a morte física, veremos um problema de cunho doutrinário na igreja de Tessalônica. Qual era o erro ? Os irmãos estavam com medo de morrer antes do evento da “Parusia” (presença física), ou seja, queriam estar em vida e ficavam tristes quando algum irmão "dormia". A resposta de Paulo é que a Parusia acontecerá inesperadamente e trará repentina destruição para aqueles que não estão preparados. A triste sorte não deve haver nos leitores, porque Deus os destinou para a salvação. A chamada é para crescimento humano-espiritual. Para uma melhor compreensão do estudo pegue sua Bílbia e abra em 1 Ts 4.13-18.



Verso 13 - “Não queremos...” =>; Paulo usa essa construção para introduzir um assunto novo, embora não desconhecido anteriormente.  Irmãos =>; O Trato de ternura e proximidade também deixa claro a maneira de introduzir outro assunto.
Dormir =>; Essa palavra era comum no mundo antigo como um eufemismo para a morte, ela é encontrada tanto no NT quanto no AT (Gn. 47.30; Jo.11.11). O termo era usado em culturas que não acreditavam em qualquer vida além. Portanto Paulo descreve a morte do ponto de vista de seus leitores que corriam perigo de ficar enlutados por eles como os demais , que não tem esperança. Os demais são claramente os pagãos (Ef. 2.3), aos quais faltava certeza de uma vida após a morte, e certeza de um reencontro entre vivos e mortos. Quanto à esperança, para Paulo era ir além da mera sobrevivência ou imortalidade para a continuação da vida co Cristo. Era uma questão de fé em Deus (Ef.2.12), não é excluir a dor da perda (é desumano) , no entanto, não posso condicionar minha vida ao luto contínuo. (Fl. 1.23);


Verso 14 - A resposta que Paulo dá aos seus leitores é que não há necessidade que, aqueles que crêem na ressurreição de Jesus, se lamentem pelos mortos, porque Deus, mediante Jesus, trará juntamente com sua companhia os que dormem. É empregada uma lógica, ou melhor, parafraseando: “Se vocês crêem na verdade do evangelho (1 Co. 15.23), no qual Jesus ressuscitou dentre os mortos, ele também ressuscitará aqueles que são seus (2 Co.1.9)”;


Verso 15 - Paulo se apropria dos ensinamentos de Jesus quando esteve em carne e referindo a ele como Senhor (Mt.24.29-31). Para os tessalonicenses os mortos estavam em desvantagem para com vivos, pois acreditavam que os vivos teriam o privilégio de ver o Senhor nos ares. Nós, os vivos =>; Paulo também esperava estar vivo para ver, mas a declaração deve ser entendida como “aqueles que dentre vós estiver com vida”;  


Verso 16 - Palavra de ordem =>; O Senhor (Deus) dando sua palavra dará ordem para ressurreição dos mortos.
Voz de arcanjo =>; Para Paulo é uma ordem de Deus transmitida pelos seus anjos, visto que os arcanjos estão sempre ligados aos últimos acontecimentos (juízo);
A trombeta de Deus =>; A ressurreição dos mortos é dada quando a última trombeta ressoar (1 Co. 15.52). Um som como de alerta e o Senhor Jesus reunindo seus eleitos despertando-os. Quanto à ressurreição dos mortos, os reformadores geralmente estão de acordo em que o corpo da ressurreição será idêntico ao atual. (1 Co. 15.23; Jo. 20.24-25). Segundo as escrituras haverá uma ressurreição do corpo (Rm 8.11; 1 Co. 15.53);
Verso 17 - Em conexão com o verso anterior, pois estão separados por vírgula veremos que a Parusia (chegada) é: Pessoal, Física e Visível.
PessoalA pessoa de Jesus estava voltando, e pessoa de Jesus voltará (At. 1.11);
Física: Parusia (presença espiritual do Senhor da igreja) na escatologia também significa chegada
Visível: Este se relaciona com o anterior, podemos dizer que será física e visível. Isso é lógica! (Mt.24.30);
A ressurreição é o encontro dos vivos (com corpos transformados) e os mortos ressuscitados. Somos tratados juntos como um grupo somente, os mortos reunidos primeiro, depois nós os vivos e aí sim arrebatados juntamente, com eles, entre as nuvens, para o encontro do Senhor nos ares. Os lugar de destino é nos ares, mas o que importa mesmo é estar com o Senhor.
Verso 18 - Como sabemos o significado da palavra consolar pode aqui ser traduzida como exortar dar encorajamento, parafraseando:
“Encorajem uns aos outros, para que não percam a visão do reino, e deixem seus sentimentos presos aos entes-queridos, as pessoas que vocês amaram, pois assim como Jesus ressuscitou (fisicamente) trará a vida novamente unificando seu povo a encontrá-lo nos ares”.


Dando seguimento à série de estudo da Carta de Tessalonicenses, continuaremos no domingo que vem dia 27/09/09 às 10:20hs, na IEC de 7 Pontes.
Soli Deo Gloria 



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