ORAÇÃO - 1 Ts. 3.11-13
“...Mas, quão necessária, e de quantos modos, seja útil o exercício da oração não há como explicar suficientemente pelo uso de palavras. Realmente, não sem causa é que o Pai celeste atesta que a única cidadela da salvação está na invocação de seu nome, através da qual de fato evocamos a presença não só de sua providência, mediante a qual está vigilante em cuidar de nossos interesses, mas também de seu poder, mediante o qual nos sustenta, fracos e quase a desfalecer, e de sua bondade, mediante a qual nos receba à graça, a nós miseramente sobrecarregados de pecados, pela qual, enfim, conseguimos que ele todo se exiba presente em nós. Daqui nos nasce extraordinária paz e tranqüilidade de consciência, porque havendo exposto ao Senhor a necessidade que nos angustiava, descansamos plenamente nele, sabendo que conhece muito bem todas as misérias Aquele de quem estamos seguros que nos ama e que pode suprir absolutamente todas as nossas necessidades...”
As Institutas de Calvino – Livro III – Cap. XX
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Oração Dependente
Paulo sabia que quem faz acontecer é Deus (querer e o realizar. Rm.7.18) – e exatamente por isso que deveria orar!
No verso 11 – Paulo expressa o desejo de vê-los em Deus, e retoma os temas citados no v.10. Aqui o apóstolo expressa a sinceridade da petição a Deus e esse termo é comumente descrito Novo Testamento. Paulo acrescenta Jesus, tendo em vista que trabalham juntos (“...eu e pai somos um...”), e também atribui Jesus como filho de Deus lado a lado com o Pai.
É, portanto, ao Pai e a Jesus que Paulo dirige sua oração. Como está no verso: “...dirijam-nos o caminho...”, a conotação aqui é outra. Paulo pede para que os obstáculos satânicos sejam removidos, visto que já foi perseguido outrora por causa do evangelho.
Parafraseando:
“Deus único que age em unidade com seu filho, quero estar com os irmãos, mas o Senhor pode me conduzir, pois não tenho outra razão senão essa: ‘pregar sua palavra’. Livra-me da cilada do inimigo”
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Oração Objetiva
No verso 12 - A oração começa a ser mais objetiva, tratando agora de uma virtude no tocante à fé cristã, o amor. Amor é vinculo da perfeição, mas o amor que Paulo trata é outro: “ENTRE IRMÃOS” e vizinhos. O desejo de Paulo e está bem claro no verso, vem a ser que esse amor que dizem professar seja demonstrado não somente aos irmãos na fé, mas aos vizinhos e as pessoas de “fora” da FÉ. Como vão glorificar ao Pai que está nos céus se estes não fazem nada no tocante aos outros que não lhes conhecem ?
Verso 13 – O alvo da oração é vê-los na Parousia (na presença física de Cristo) como santos. A conexão do pensamento é o crescimento no amor, da fé e da esperança. O efeito direto do crescimento tornaria seus corações confirmados, firmes e sólidos no caráter cristão maduro. Ou seja, cada vez que o cristão cresce na fé e no amor, essas virtudes evidenciam características normais da fé. A pessoa fica isenta de culpa, (o pedido de Paulo é que fossem isentos de culpa) aqui, agora e diante do seu Juiz em qualquer tempo. Quanto a santidade, a expressão significa perfeição moral, (dada pelo próprio Deus, ele é Santo, santo, santo) virtude positiva. Sejam essas qualidades diante de Deus.
Parafraseando:
“Senhor do amor, dar-nos parte de seu atributo tão profundo que te compreender aqueles que te viram as costas”.
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Alguns exemplos a serem seguidos quando o assunto é oração. Não mencionarei Jonathan Edwrads, Wesley, Spurgeon.
“O ardor de Savonarola na oração aumentava dia após dia e sua fé crescia na mesma proporção. Freqüentemente, ao orar, caía em êxtase.”
“A sua alma clamava: ‘Dá-me santidade ou morro por toda a eternidade; leva-me ao rio de água pura e não a estes mananciais de águas poluídas; traze-me as águas da vida que saem do trono de Deus!’”
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Quero lembrá-los que a análise é de uma oração de Paulo, e não seu sermão. Com esta pequena reflexão e estudo, lhe faço uma pergunta: "Sua oração contém doutrina (Bíblia)?Confirmações de quem Deus é ? Estão firmadas no seu caráter (eterno)?
Nesta semana estudaremos 1 Ts. 4.1-8